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sábado, 1 de maio de 2010

Quando a moda é não seguir a moda


Atualmente, vivemos num mundo pluralizado. Esse movimento pela diversificação das idéias se deu, principalmente, a partir da década de 60 (com o surgimento de movimentos que contrariavam a moda vigente). Dessa forma, o questionamento (inerente ao ser humano) ficou materializado através de músicas (ritmos musicais novos) e, também, por meio da roupa.

Quando
Zuzu Angel protestou em alguns desfiles (no Brasil e no exterior) pela morte de seu filho Stuart Angel Jones, nada mais fazia do que utilizar um meio de comunicação (que é a própria moda) para se afirmar sobre um determinado assunto. Assim, de acordo com o livro “Folha explica a moda”, moda é um sistema que acompanha o vestuário, o tempo e que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Logo, pode-se dizer que a moda também está relacionada à cultura, a antropologia e aos valores de uma determinada época e uma determinada sociedade.

Dessa forma, moda é muito mais do que a roupa. Mas se isso é moda, o que é a anti-moda? E como ela se manifesta? Nesse ponto, existem opiniões diversas. Para o professor de ciências humanas e músico Adriel da Conceição Costa, a anti-moda é constituída justamente por essas manifestações que se opunham ao modelo de indumentária vigentes. “A anti-moda é uma resistência que grupos, principalmente oprimidos, fazem para mostrar que sua forma de se vestir faz parte de sua identidade. Considero a anti-moda com uma rebeldia sim, mas que é decorrente da opressão que grupos econômicos tem exercido aos demais, tentando dominá-los”, opina o professor. Já o livro

“Folha explica a moda” insere esses movimentos culturais tais como punk e hippie no contexto da moda, ao entender que moda vem do latim modus que significa “modo”,“maneira”.

Nesse sentido, a moda representa muito do que pensamos e refletimos sobre o mundo. No entanto, por vezes, as roupas da moda criam máscaras sociais, o que faz com que as pessoas percam a essência nessas embalagens corporais. Essa é a posição do publicitário Marco Aurélio

Leivas. “As roupas são importantes para nossa proteção, para nossa comunicação com o mundo exterior, porém não são necessárias o tempo todo. Não somos a nossa roupa, nosso carro, nossas marcas. Acho que as pessoas poderiam fazer um exercício simples para se lembrarem de quem elas realmente são - deveriam ficar nuas por alguma horas na natureza ou freqüentar uma área naturista. Esse contato enfraquece o ego em relação à força do espírito, de nossa essência, do Eu que realmente somos”, argumenta o publicitário, que é praticante de naturismo nas horas vagas.


Seja como for, a anti-moda apresenta-se enquanto uma alternativa de movimento em oposição à

Indústria Cultural vigente. Assim, cabe a cada um criar uma resistência a essa forma de vestuário social, ou seguir o apresentado pela mídia. No entanto, é sempre importante respeitar a individualidade e a opinião de cada ser humano.

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